Uma empresa de transportes sediada em Araguaína (TO) está entre os alvos da ação ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) que pede o bloqueio de cerca de R$ 6,5 milhões em razão do envolvimento com os atos de vandalismo praticados em Brasília, no último domingo (8).

Ao todo, são citadas na ação sete empresas e 52 pessoas que estiveram envolvidas no transporte dos bolsonaristas.

A empresa de Araguaína é a Alves Transportes Ltda, que fica localizada na Rua Primavera, Setor Planalto. O nome fantasia é Transviagens, conforme o registro na Receita Federal.

De acordo com a AGU, o grupo teve “papel decisivo no desenrolar fático” dos ataques às sedes dos Poderes da República e, por isso, “devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”. O órgão classificou os atos como um “episódio traumático” para a nação.

Segundo a AGU, a quantia a ser bloqueada será usada para ressarcir o poder público pelos danos causados aos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto – quando houver condenação judicial nesse sentido.

“As pessoas físicas e jurídicas elencadas foram as responsáveis por contratar o deslocamento dos manifestantes até a capital federal para participar da manifestação e do evento ocorrido, a partir do fretamento de veículos de transporte, em especial, ônibus, sobre os quais, como acima referido, recaiu a ordem de apreensão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF”, explica.

A lista de pessoas e empresas foi montada com base nos registros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de ônibus fretados.