De acordo com o Estadão, o deputado Vicentinho Júnior (PL) foi beneficiado na distribuição de emendas de relator geral, de sigal “RP 9” de forma desigual para congressistas no valor de R$ 261 milhões pelas pastas da Defesa, da Agricultura e da Justiça.

Vicentinho Júnior foi citado como exemplo, pois segundo a matéria assinada pelos jornalistas, Breno Pires e André Shalders, o parlamentar tocantinense, “assinou e enviou à Agricultura ofício direcionando R$ 20 milhões para fora de seu Estado. Escolheu Jussara e São Gabriel, na Bahia, como destinos de R$ 5 milhões cada, para estradas vicinais. Além disso, destinou R$ 10 milhões para a cidade de Parambu, no Ceará”.

Questionado pelo Estadão sobre o motivo desses repasses para outros Estados, o deputado disse que iria buscar informações com o chefe de gabinete, mas depois não atendeu às ligações.

Deputado gastador

Em Brasília, Vicentinho Júnior é considerado como um dos reis de verbas indenizatórias, conforme aponta matéria veiculada no site Congresso em Fogo em janeiro de 2020 que o incluiu entre os deputados que gastaram R$ 16,8 milhões em consultoria legislativa.

“Vincentinho Júnior (PL-TO) foi o deputado que mais gastou com este tipo de serviço. Com R$ 330.000,00 ressarcidos da verba indenizatória para despesas com consultoria em 2019, o deputado já destinou R$ 1,2 milhão para uma única empresa prestar este tipo de serviço para ele desde 2015”.

O Congresso em Foco citou ainda que o parlamentar conta com 29 assessores em seu gabinete foi ressarcido em 2019 “por apenas 11 notas fiscais, sendo a menor delas, emitida em fevereiro, de R$ 20 mil e a de maior valor, R$ 35 mil”.

Por meio de nota, o deputado alegou ao Congresso em Foco que recorre a consultorias legislativas particulares porque “devido ao volume de demandas dos parlamentares e quantidade de servidores que desempenham este trabalho, a equipe [da Câmara dos Deputados] não consegue apresentar os mesmos resultados com rapidez e eficiência por nós exigida”.