Na manhã deste domingo (24), um trágico acidente aéreo matou quatro jogadores e o presidente do Palmas Futebol Clube. A queda do avião ocorreu em Luzimangues, distrito do município de Porto Nacional, no Tocantins. O avião estava em nome de uma construtora, que segundo um levantamento feito pelo nosso Blog, já faturou mais de R$ 500 milhões em contratos com o Governo Federal.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o avião era um bimotor modelo Baron, de prefixo PTLYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas por voo.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a uma construtora com sede no Pará chamada Meirelles Mascarenhas Ltda e não tinha autorização para realização de serviços de táxi aéreo.

Meirelles Mascarenhas tem como sócios os empresários Ainesten Espírito Santo Mascarenhas e Mauro Meirelles Jordão, e fica em Redenção (PA), perto da fronteira com o Tocantins, a 900 quilômetros de Belém, e mantém escritório em Brasília.

A construtora que já faturou mais de R$ 500 milhões do Governo Federal, foi fundada na década de 1990, figurava discretamente no ranking de contratações da União desde o governo Lula (PT). Porém teve um salto recente no governo de Jair Bolsonaro, a qual levou a empreiteira ao topo das contratadas: são R$ 298,5 milhões acertados com a União, dos quais R$ 185,4 milhões em contratos firmados, somente em 2020.

Na capital federal, Ainesten e Mauro, proprietários do avião, até então, também dirigem uma locadora de veículos, a Fast Automotive, que tem contratos com o governo. Os mais recentes, incluindo aluguéis de carros blindados ao Ministério da Cidadania, somam R$ 6,1 milhões.

Já a assessoria do Palmas informou que o avião tinha sido adquirido há pouco tempo pelo presidente, Lucas Meira, e que estava em fase de transferência. O time também informou que o avião não estava realizando serviço de táxi aéreo.